28 de fev. de 2013

Tem males que vêm para o bem


Bem me quer
Mal lhe quero
Bem me deseja
Mal não lhe faço
Bem me possue
Mal não lhe causo
Bem me acaricia
Mal me contenho
Isto não vai acabar bem

Bem que eu lhe falei
Bem que me avisou
Bem feito para nós dois

Bem me quer, mal me quer é uma velha brincadeira infantil que fazemos em nome do amor. Será que ele(a) gosta de mim?

Pois é, o amor tem seus jogos, alguns deles inofensivos e outros extremamente perigosos. Amar é correr riscos; é se entregar sem saber se vai doer; é revirar-se ao outro mostrando o nosso avesso. Muitas vezes a gente lava a roupa suja em casa; outras vezes manda para a lavanderia,sem vergonha de que outros vejam as manchas de nosso amor. Amar é lavar a alma. É entregá-la de bandeja ao outro(a) e esperar que ele(a) nos devolva em forma de um lindo café da manhã na cama. Ás vezes este outro(a) derruba a bandeja ao chão e lá se vai o alimento que iria ser servido em nosso desjejum.

Amor é o tema que ilustra as etiquetas que desenvolvi e produzo para a marca hype de t-shirts SO LOVELY SHIRT, de minha querida Dolores Olmos.


A etiqueta é simples e linda. Desenvolvida em fundo preto e fundo branco, Dolores escolheu as de fundo branco para a produção.

Como cenário para as fotos, escolhi dois lindos jardins, um de corações vermelhos e outro de corações amarelos. Eles ficam um de frente ao outro, na esquina da avenida Europa com a rua Alemanha.

 

É mais uma das intervenções urbanas que alegram e embelezam a nossa cidade. Pena que elas sejam alvo da depredação de vândalos que já arrancaram - até o presente momento - um dos corações vermelhos e dois dos amarelos. E pena também é que o poder público não consiga coibir este tipo de predador.

26 de fev. de 2013

Flores no chão



Flores ao chão
Sonhos em vão
Desejos fora de estação
Sementes plantadas,
porém não regadas
Árvores que projetam
as frutas que virão
Chega a chuva e encharca
o solo de boas intenções
Traz na bagagem os ventos vaidosos
que anunciam os pássaros e seus
repertórios de novas canções


É no embalo desta poesia que apresento-lhe agora um tecido que desenvolvi para a marca de roupas e acessórios SATIKO + ISABEL. O tema do tecido são os copos de leite. Note que o mesmo traz a logomarca da empresa inserida pontualmente. A estampa traduz a delicadeza que é própria de Satiko e Isabel. A base do mesmo é o cetim, e três foram as variantes feitas são: azul marinho, azul royal e cinza claro.


Já que o tema do tecido são copos-de-leite, dirigi-me às bancas de flores da rua Dr. Arnaldo em busca dos mesmos. Lá fiquei sabendo que não estamos na época destas flores. Encontrei porém estas lindas flores, da família dos copos-de-leite. Elas protagonizam as fotos com o tecido.



Já as maxi flores, ou se preferir, mega flores, que ilustram este post foram plantadas no jardim de uma praça no bairro dos Jardins. Chamam a atenção de todos que passam. É uma intervenção urbana; um clichê da primavera artificial.

23 de fev. de 2013

O presente contínuo virou passado composto


Se tudo o que for dito a seguir para você for grego, ver-se-á que você é jovem demais

Sou do tempo em que padaria vendia leite e pão
Açougue vendia carne e carvão
Banca vendia revista e jornal
Quitanda vendia legumes, verduras e frutas
Farmácia vendia remédio para os males do corpo
Bandido era bandido e pronto
Policial era só policial
Casamento era para a vida inteira; salvo raríssimas exceções
Se a moça não casasse virgem até os vinte
virava solteirona na roda
Quem usava camisinha era criança
Homem que era homem não tinha (?) medo de barata
O último a chegar virava mulher do padre
Sou do tempo em que existiam quatro estações:
No verão fazia calor e chovia;
No outono ventava e as folhas caíam das árvores
No inverno fazia frio pra caramba
A primavera era a estação das flores 
No meu tempo ou se era homem ou se era mulher;
fora isto era coluna do meio
Existia o médico de família
Coca-Cola era de vidro
Guardanapo e coador eram de pano
As famílias se encontravam no café-da-manhã,
almoço e jantar; o almoço de Domingo era sagrado
As crianças podiam brincar sossegadas nas ruas
Pensando bem, depois de relembrar tudo isto
caiu a ficha e vi que meu prazo-de-validade já expirou
Fui.

A palavra presente sempre nos remete à coisas boas. Quem não gosta de receber presente? A gente quer ser lembrado nem que seja com uma lembrança, não é verdade? Agora, se você for mulher e gosta de jóias para lá de especiais e receber de presente uma criação da designer JUSSARA ROMÃO, certamente você será uma privilegiada.


Desenvolvi e produzi este tecido, que tecnicamente é um marca d'água, para Jussara utilizá-lo para confeccionar suas caixas e/ou sacos de presentes. Apesar de sua simplicidade, ele ficou bastante elegante; a cor escolhida chama-se ouro rhodia.

Construí um cenário utilizando como papel-de-parede um bonito tecido adamascado feito pela equipe de marketing da Helvetia.